As Escolas de Administração americana e japonesa surgiram como modos de organização de produção industrial utilizados durante a Segunda Revolução Industrial. Porém, foram tão impactantes que influenciam até hoje a organização empresarial. Neste artigo, você vai entender como essas visões podem afetar diretamente no controle de perda de água da sua empresa, negativa e positivamente. Então, leia até o final e entenda a relação entre as duas temáticas.
Escolas de Administração Americanas
A partir da segunda metade do século XIX, inovações como a eletricidade e o uso do aço nas indústrias começaram a se destacar nos processos de fabricação, perante o que se tinha de mais usual na época: a energia a vapor do carvão e a utilização do ferro. Àquelas inovações, que atingiram seu apogeu no século XX, os historiadores chamaram de Segunda Revolução Industrial. Nesse período, surgiu ainda a produção em massa de itens padronizados, processos automatizados, correia transportadora e a Organização Científica do Trabalho, criada por Frederick Taylor, em 1911.
O Taylorismo é uma teoria administrativa cujo principal objetivo é racionalizar o trabalho e, assim, aumentar a produtividade. Para Taylor, a fragmentação máxima do trabalho era a chave para minimizar os movimentos, tarefas supérfluas e o tempo de aprendizado, aumentando a capacidade de produção e a geração de lucros. Os objetivos propostos por Taylor foram alcançados: aumento da produtividade e dos lucros, mas também gerou um grande nível de subordinação.
Em sua retaguarda veio o Fordismo, proposto por Henry Ford em 1908 é considerado um desdobramento do Taylorismo. É também uma teoria organizadora do trabalho que manteve o mecanismo de produção e a organização da gerência utilizada no sistema anterior. Como Ford adicionou a esteira rolante à linha de produção, isso criou um ritmo de trabalho mais dinâmico. Nesse sistema, cada funcionário era responsável por uma etapa do processo (divisão em pequenas tarefas), os produtos eram padronizados e a produção era em grande escala.
A visão ocidental aplicada ao controle de perda de água
Trazendo essas doutrinas para o setor de Saneamento Básico, em particular para entender e compreender as ineficiências operacionais e o controle de perdas de água, nota-se que a visão das escolas americanas proporcionaram um olhar vicioso para a solução dessa problemática.
Ao olhar para o controle de perda de água, leva-se em conta essas quatro variáveis: perda real, causas das perdas reais, perda aparente e causas das perdas aparentes. Para as escolas de administração americanas, a régua usada eram as perdas. Aumentar a produtividade pensando na perda total apenas no final do processo. Mas, é preciso desenvolver uma visão 360 do problema e enxergar além disso.
Escola de Administração Japonesa
No final da década de 1970, Taiichi Ohno e Eiji Toyoda propuseram um novo modelo de produção industrial, o Toyotismo. Fortemente embasado na participação direta dos funcionários na produtividade e eficiência, tornou-se pedra angular no modelo industrial pós-Segunda Guerra Mundial. Baseou-se na máxima just in time: produzir apenas o suficiente para atender às demandas. Com isso, passou-se a rever o conceito de estoque que se tinha à época. Outros pontos se destacam até hoje nesse modelo, como grupos de trabalhos multi-dirigidos, produção flexível, o conceito de empresa enxuta, círculos de qualidade, aprimoramento contínuo, alta qualidade e baixos preços.
O Toyotismo teve forte influência do estatístico americano William Edwards Deming que, a partir de 1950, ensinou os executivos do Japão a melhorar projetos, qualidade de produto, teste e vendas por meio de métodos estatísticos. Ele é responsável por ter criado os 14 Pontos para a Gestão, em seu livro “Saia da Crise”, que descrevem o caminho para a qualidade total e que deve ser continuamente aperfeiçoado.
Os 14 princípios de Deming, que inspiraram o Taylorismo, são: constância de propósito, adotar uma nova mentalidade administrativa, cessar a dependência da inspeção em massa, extinguir a aprovação de orçamentos com base nos preços, melhoria contínua no sistema produtivo, instituir o treinamento, adotar e instituir a liderança, afastar o medo, derrubar barreiras entre os setores, eliminar slogans e metas para a mão de obra, eliminar cotas numéricas, orgulho da mão de obra, estimular a formação e o aprendizado e tomar iniciativa para realizar a transformação.
Conclusão
Na doutrina japonesa, a régua para o controle de perdas nos processos de produção se refere às variáveis que a compõem. Desta forma, ao falarmos especificamente do controle de perdas de água temos: volume de entrada, consumo autorizado, setores de abastecimento, grupos de faturamento, zonas de pressão, setores comerciais, DMCs (Distritos de Medição e Controle) e rotas comerciais. Tudo isso nos proporciona olhar a problemática da perda de água de forma mais detalhada e, na prática, buscar soluções multifacetadas e mais eficientes.
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